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Eu sou daquelas pessoas que quando acho um pedacinho de massinha por aí, passo um tempo apertando ou tentando modelar algo… Inclusive, sempre tenho alguma caixa de massinha no armário… para os dias de tédio ou criatividade funciona muito! Haja versatilidade!

Amassar a massinha pode ser uma forma relaxante de aliviar o estresse e a ansiedade do dia a dia. A textura macia e os movimentos repetitivos proporcionam uma sensação de calma e bem-estar. E é real, a massinha oferece diversos benefícios para crianças e adultos.

Desde muito pequenas, quando oferecemos massinha pra uma criança, ou quando elas alcançam uma massinha, o interesse é grande. Algumas se incomodam com a textura, pegam, soltam, amassam e essa necessidade de manipular com as mãos aprimora a coordenação motora fina e a destreza manual, além de trabalhar nosso sensorial. Habilidades importantíssimas lá na frente, quando a criança começa a escrever, desenhar, tocar instrumentos musicais e realizar outras atividades que exigem precisão e controle dos movimentos manuais.

A brincadeira com massinha permite que a criança explore sua criatividade e imaginação sem limites. Ela pode moldar o que quiser, desde bichos e objetos até paisagens e personagens fantásticos. Essa liberdade de criação estimula o pensamento divergente, a resolução de problemas e a capacidade de expressar ideias de forma original. As crianças podem criar histórias e cenários, narrando suas criações e interagindo com outras crianças ou adultos. Essa interação estimula o desenvolvimento da linguagem oral, a capacidade de se comunicar de forma clara e concisa, e a construção de um vocabulário rico e variado.

Além disso, brincar com massinha pode ser uma atividade individual ou em grupo, incentivando o trabalho em equipe, a colaboração e a comunicação interpessoal. As crianças aprendem a compartilhar materiais, negociar ideias e resolver conflitos de forma pacífica. Pra psicólogo que não deixa nenhuma emoção passar despercebida, ela pode ser uma ótima ferramenta para expressar emoções e sentimentos, ajudando as crianças a lidar com o estresse, a ansiedade e outras dificuldades emocionais.

A brincadeira é bem versátil. Se realizada em grupo pode ficar mais divertida. Anote essas dicas:

  • Moldar bichos, comidas, coisas…

Solte a imaginação e molde animais reais ou fantásticos, banquetes de massinha, frutas, etc. Você pode usar palitos de dente para ajudar a modelar, forminhas de silicone para as formas ficarem mais fidedignas, enfim… use a imaginação e as habilidades manuais.

  • Criar um mural de massinha

Espalhe uma camada grossa de massinha em uma superfície plana, como uma mesa ou um pedaço de papelão. Deixe as crianças soltarem a criatividade moldando formas, letras, desenhos e o que mais a imaginação permitir.

  • Fazer colagens

Use a massinha como base para criar colagens. Recorte pedaços de revistas, jornais, embalagens ou outros materiais e cole-os na massinha, dando forma a animais, paisagens, objetos ou personagens.

  • Esculpir personagens

Incentive a criatividade artística moldando personagens de livros, filmes, desenhos animados ou da própria imaginação.

  • Criar monstros

Solte a imaginação e molde monstros bizarros e engraçados. Use diferentes cores, formas e texturas para criar criaturas únicas e divertidas. Você pode até mesmo dar nomes para os seus monstros e inventar histórias sobre eles.

  • Brincar de massinha sensorial

Explore diferentes texturas e sensações com a massinha. Esconda objetos dentro da massa para as crianças encontrarem com as mãos, faça massagens com diferentes tipos de massinha ou crie texturas diferentes usando ferramentas ou objetos.

  • Faça sua própria massinha

Crie sua própria massinha caseira com ingredientes simples, como farinha de trigo, água, sal, óleo e corante alimentício. Essa é uma ótima atividade para fazer em família e as crianças vão adorar ajudar na preparação.

Escrito por:
Anna Beatriz Carnielli Howat Rodrigues 
CRP 16/2307 
Título de pós-doutorado em Saúde Mental pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, Doutora em Psicologia Experimental e Especialista em Psicologia Comportamental Cognitiva pela Universidade de São Paulo, Mestre em Psicologia e Graduada em Psicologia pela Universidade Federal do Espírito Santo.

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